tag:blogger.com,1999:blog-6307117039005643612024-03-08T08:58:01.815-03:00Conservação e RestauroBlog para interessados no tema "Conservação e Restauração" de bens imóveis.Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-74908042185108810602012-11-07T18:31:00.001-02:002012-11-07T18:32:02.440-02:00Curso de douramento em Tiradentes-MG<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Prezados (as),</span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Estou divulgando aqui o trabalho de Jose Manuel Bajo Fernandes, espanhol radicado em Tiradentes, que está a promover cursos de douramento naquela cidade. Quem tiver interesse entre em contato com ele, pelo e-mail josema30@msn.com</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">No youtube pode ser visto uma aula com o trabalho dele.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Saudações a todos.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=N4lKYGYl7u0" rel="nofollow nofollow" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.youtube.com/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>watch?v=N4lKYGYl7u0</a>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-23970387463431713272012-10-24T22:22:00.000-02:002012-10-24T22:22:01.045-02:00Carta aberta aos Tecnólogos em Conservação e Restauro, Ouro Preto 24/10/2012.<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: 1cm;">Caros colegas de curso, graduados
e graduandos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho rotineiramente visto a
movimentação virtual no grupo criado no Facebook como espaço para os tecnólogos
em C&R do IFMG. Como boa parte de vocês, de certa forma, tenho ido do
desencantamento à desilusão com o nosso curso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cotidianamente, tenho procurado
informações que possam dar perspectivas de novas oportunidades ou espaços nos
quais possamos desenvolver uma carreira na área. Busco concursos, vagas de
emprego; envio currículos ou tento contatos, mas, infelizmente, tem sido quase
tudo em vão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns podem perguntar: mas você
já não está empregado? Respondo da seguinte forma: sim, estou empregado em uma
boa empresa da cidade de Ouro Preto, que me deu uma oportunidade rara na nossa
atual situação. Porém, um simples fato faz-me estar tão preocupado quanto todos
os que se formaram ou estão por se formar: a falta do registro no órgão de
classe, simplesmente, nos torna anônimos enquanto profissionais. Fora dos
limites no IFMG nossa profissão não existe, nem mesmo podemos no enquadrar em
alguma classificação existente entre as que fazem parte da CBO - Classificação
Brasileira de Ocupações. Em linhas gerais, ao sermos empregados temos que ser
contratados em cargos genéricos e por mais que estejamos bem preparados, ficamos
restritos pela condição que nossa profissão se encontra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho me preparado, além da
graduação fiz uma especialização na UFMG, em gestão do patrimônio histórico e
cultural; estou cursando o mestrado em educação tecnológica pelo CEFET-MG, mas cada
dia que passa tenho sentido que esse esforço ainda não será suficiente. Estudei
no maior Instituto Federal do estado, me especializei em uma das melhores
universidades do país e curso o mestrado numa instituição que, até pouco tempo,
foi, se ainda não é, a referência mais forte em Minas Gerais em ensino técnico
e tecnológico; mesmo assim isso adianta muito pouco nesse momento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dediquei-me com afinco ao curso de
C&R, fiz tudo o que pude enquanto aluno para aproveitar a oportunidade que
me era dada na graduação. Tive bons professores, que possuem currículos de
respeito na área da restauração. Mas sinto que empreguei 3 anos de minha vida para
algo que não me permite aproveitar em plenas condições. Como tecnólogos, até
mesmo ingressar por PDG na UFOP, por exemplo, é difícil. Somos os quintos da
lista, depois: dos que reingressam, dos transferidos de outras instituições, dos
formados na UFOP e dos que se formaram em outras instituições, federais ou
particulares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por outro lado, tem os concursos
públicos. Felizmente, podemos tentar aqueles que exigem formação em qualquer
nível superior. Naqueles que são destinados a nossa área de atuação, temos que
contar com a sorte para que não haja alguma condição que nos exclua, o que não
é incomum. As vagas normalmente são para arquitetos, engenheiros,
historiadores, antropólogos, sociólogos, licenciados, entre outras formações. E
para piorar, um dos poucos concursos que o IFMG abriu para professor do curso
em C&R havia a necessidade de compartilha-lo com o curso de edificações.
Com isso, a condições do concurso citado: exigências = graduação em arquitetura
ou engenharia civil. Quando nem mesmo a casa cria demanda, quem dirá os outros!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É certo que algumas condições nos
são tiradas pelo caráter de nossa formação enquanto tecnólogos. Os cursos de
tecnologia existem no Brasil desde a década de 70, foram criados com o intuito
de formar profissionais de nível superior em nichos específicos, de maneira
mais rápida e focada que os cursos convencionais de bacharelado. Após um início
pouco promissor, as graduações tecnológicas foram praticamente abandonadas por
parte das instituições de ensino até os anos 2000. Na recente expansão dos
cursos superiores, principalmente no Cefet’s e Institutos Federais, este tipo
de formação ganhou força como solução para o déficit educacional de nível
superior no mercado de trabalho e criaram-se titulações das mais variadas, que
vão dos tecnólogos em produção de cachaça aos de cunho industrial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar do fortalecimento proposto
pelo MEC, na criação de cursos tecnológicos, o mercado de trabalho ainda pouco
assimilou estes profissionais. Em todo o país, o estado de São Paulo é o que
apresenta um quadro mais promissor, do ponto de vista salarial e de condições
de trabalho. Entretanto, as áreas mais valorizadas entre as graduações
tecnológicas são as ligadas ao setor de computação e informática, enquanto as
da área de construção civil, certamente, enfrentam maiores dificuldades de
penetração, principalmente, pela concorrência com engenheiros e arquitetos. Não
obstante, o registro no órgão de classe é um requisito para a inserção dos
tecnólogos da construção civil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Infelizmente, nossa situação não é
nada animadora. Mesmo após a liberação do registro no CAU ou Crea, teremos que provar
aos empregadores que somos profissionais indispensáveis na restauração.
Recentemente, em resposta a um trabalho que desenvolvi ainda nos tempos de Faop,
recebi uma indagação vinda de um técnico, da Câmara Setorial Paritária (CSP) -
Diretoria do <b>Fundo Estadual de Cultura</b>,
que analisava uma planilha de licitação com os seguintes dizeres: “<i>Qual seria a função desempenhada pelo
Tecnólogo em Conservação e Restauro na obra em questão? Qual a necessidade de
contratação desse profissional? Um </i><b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">mestre de obras</span></i></b><i>
experiente – como o previsto na planilha orçamentária, não poderia suprir
satisfatoriamente o papel desse profissional? Explicar e realizar as alterações
pertinentes</i>”<i>.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Infelizmente é essa a nossa situação
atual! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho outras questões que pretendo
abordar em textos que em breve postarei no blog. Até lá saúdo a todos e
desejo-nos boa sorte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Régis E. Martins<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mestrando
em Educação Tecnológica – CEFET/MG<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Especialista
em Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural – UFMG<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tecnólogo
em Conservação e Restauro – IFMG-OP<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<br /></div>
Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-30605375141907929682012-07-09T20:15:00.001-03:002012-07-09T20:15:42.282-03:00O Campo da Restauração de Imóveis - Saberes e Agentes, Questões para Debate<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
A arquitetura brasileira até meados do séc. XIX foi marcada pela
produção artesanal dos diversos elementos construtivos. Não havia uma
normatização segundo as dimensões e o estilo a ser seguido, mas uma intenção
formal de seguir os cânones arquitetônicos existentes. Dessa maneira, cada
edificação adquiriu um caráter único ligado ao tipo de material empregado, à
finalidade do edifício e ao saber do construtor que empregava a técnica por ele
dominada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Esse quadro da arquitetura somente começou a se transformar com o
desenvolvimento das ferrovias no Brasil na segunda metade dos oitocentos, fato
que permitiu a melhoria da comunicação entre as diversas regiões povoadas do
país. Os novos meios de transporte permitiram a introdução de materiais e
elementos industrializados provindos da Europa, os quais se mesclaram ao
conhecimento construtivo já existente em terras brasileiras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
As mudanças introduzidas no séc. XIX conduziram à gradual
transformação dos modos de construir e permitiram o posterior desenvolvimento
da indústria dos materiais de construção no Brasil. Provocado por este
contexto, na década de 30 do séc. XX a arquitetura modernista foi introduzida
no país com o Edifício Capanema no Rio de Janeiro, tal fato deu suporte a
inserção do país no quadro da arquitetura desenvolvida nos EUA, Europa e em
outras partes do mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Apesar da corrente de modernização provocada pelos novos métodos
construtivos e materiais introduzidos a partir da década de 30 do século
passado, essa tendência demorou a se firmar na construção civil. A dependência
do trabalho manual não permitiu o abandono completo do modo artesanal de
construir e manteve-se por boa parte do séc. XX como uma realidade no setor.
Nesse sentido, Hardman e Leonardi (1991) observam que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">No
século XIX e início do atual, entretanto, a construção civil ainda guardaria
muitas das características da arquitetura do século XVIII. Na construção de
casas residenciais, o trabalho ainda era artesanal, sendo empregados muitos
artistas nos serviços de alvenaria e madeira, guarnecimento de janelas e
balcões, utilização de ferro forjado, azulejos etc. (HARDMAN; LEONARDI, 1991,
p.39)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Com a evolução das técnicas construtivas e a inserção de materiais
industrializados na construção de edifícios, as práticas derivadas da
arquitetura colonial foram abandonadas gradualmente após as primeiras décadas
do séc. XX na maioria das cidades brasileiras. No entanto, o saber fazer ligado
às técnicas construtivas tradicionais sobreviveu em locais onde a renúncia
definitiva destas não foi possível, seja por fatores econômicos ou pela
existência de edifícios que necessitassem de tais técnicas para obras de
manutenções ou reformas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Tais conhecimentos também foram necessários nas obras de restauro
promovidas após a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) em 1937. Esse órgão concentrou a responsabilidade para a
regulamentação e proteção do patrimônio cultural no país. Dessa forma, o IPHAN possui
uma contribuição significativa para que determinados ofícios fossem
preservados, principalmente, nas cidades chanceladas pelo órgão que possuem
edificações do período colonial, uma vez que as orientações para a restauração
destes imóveis determinam a manutenção de técnicas construtivas e materiais
semelhantes aos originais, no lugar da simples substituição. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Condicionados por estes e outros fatores extrínsecos a esse debate,
vários ofícios<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
tradicionais da construção civil ainda subsistem espalhados pelo país. Em Minas
Gerais, principalmente na região das cidades do Ciclo do Ouro, diversos profissionais
ligados a estas técnicas ainda podem ser encontrados em atividade, os quais
parte atua na em obras voltadas para a preservação do patrimônio edificado e parte
emprega tais conhecimentos em elementos usados na construção de novos imóveis. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Recentemente, tem sido verificada a intenção de se registrar o
conhecimento ligado a essas atividades pelo principal órgão de proteção do
patrimônio cultural no país. Em 2005, o IPHAN divulgou um projeto<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
com a finalidade de documentar os saberes e ofícios tradicionais aplicados à
construção e à arquitetura no Brasil. Tal ação resultou em uma pesquisa
realizada pelo <i>Projeto Mestre Artífices</i>
que está estudando o tema em diversos estados brasileiros. Em Minas Gerais,
Alonso e Araújo (2010) fazem referência aos seguintes ofícios:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">No
sítio como um todo foram encontrados mestres e oficiais que executam os mais
diferentes ofícios, que contribuíram para formar a sua própria paisagem
cultural e de suas localidades. Os ofícios identificados e documentados foram:
ofícios de carpinteiro e marceneiro, estucador, forjador artístico, fundidor,
marmoraria, pintor, canteiro, esteireiro, ferreiro, pedreiro, oleiro,
calceteiro. (ALONSO; ARAÚJO, 2010, p.47)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
De imediato, sabe-se que os mestres artífices normalmente possuem uma
faixa etária mais elevada e aprenderam os ofícios tradicionais a partir do
tirocínio <i>in loco</i>, apreendido a
partir do contato com as técnicas construtivas antigas. O conhecimento
adquirido, em boa parte dos casos, desenvolveu-se na observação de outros
mestres em atuação e no cotidiano do canteiro de obras. No contexto que trata
da forma de apreensão do saber fazer, os autores, citados anteriormente, fazem
a seguinte referência sobre a forma de aprendizado dos profissionais
pesquisados:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">Nota-se
no sítio esta clara relação de transmissão do conhecimento, o qual se dá
prioritariamente pela relação mestre/aprendiz. [...] Ainda dentre os
profissionais identificados, notou-se a presença de alguns com tradição
familiar no ofício ou ainda com aprendizado na Europa. (ALONSO; ARAÚJO, 2010,
p.48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
O aprendizado dos ofícios conforme o registrado por Alonso e Araújo
(2010) se assemelha bastante com o modelo difundido no período colonial, de
acordo com a tradição difundida pelas Corporações de Ofícios da Idade Média. No
Brasil, no entanto, cabia às irmandades religiosas e confrarias o papel
desenvolvido pelas corporações, como regulador das atividades produtivas e do
ensino dos ofícios (HARDMAN; LEONARDI, 1991).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Na atualidade os laços de aprendizagem baseado na relação
mestre/aprendiz, apesar de desvinculados de um mediador externo como as
corporações ou as bandeiras de ofício, ainda são predominantes entre os mestres
artífices da construção tradicional. Pode-se presumir que na maioria dos casos,
o aprendiz submeteu-se a um período de aprendizado com um profissional já
experiente e dele absorveu a técnica. Nesse processo, a construção do
conhecimento nem sempre se dava de modo direto, na forma de ensinamento. O
saber era quase sempre adquirido a partir da observação do mestre durante o
exercício das atividades e assim internalizado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Também é necessário destacar que na ausência de mestres para realizar
o ensinamento de determinada técnica construtiva, o aprendizado pode-se dar a
partir da observação da própria técnica já executada. ALONSO; ARAÚJO (2010) destacam que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">A
aplicação de trabalhos bastante elaborados [...] fez com que os profissionais
contratados atualmente para restaurações nestes edifícios<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN;">[3]</span></sup><!--[endif]--></sup></a> soubessem tanto quanto seus
predecessores, observando e aprendendo o saber fazer até mesmo na própria obra
original. (ALONSO; ARAÚJO, 2010, p.48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Nesse sentido, cabe aos mestres artífices um papel significante na
preservação do patrimônio arquitetônico derivado do período colonial, séc. XIX
e início do XX. O caráter artesanal das edificações provenientes destas épocas
exige mão de obra especializada nas diversas ações de proteção que estas
demandam, uma vez que o conhecimento das técnicas construtivas e materiais são
fundamentais para o bom desempenho dos serviços a serem executados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Estes profissionais são de fundamental importância no campo da
restauração de imóveis, uma vez que existe em todo o país um grande número de
bens que demandam de preservação. De acordo com a metodologia empregada no
restauro, deve-se sempre preferir a manutenção de técnicas e materiais
semelhantes aos originais. Segundo a <i>Declaração
de Amsterdã</i> de 1975, “[...] é importante atentar para que os materiais de
construção tradicional ainda disponível e as artes e técnicas tradicionais
continuem a ser aplicados” (IPHAN, 2004, P. 209). Igualmente, a <i>Carta de Restauro</i> de 1972, “[...] uma
exigência fundamental da restauração é respeitar e salvaguardar a autenticidade
dos elementos construtivos da obra. Esse princípio deve sempre guiar as
escolhas operacionais.” (BRANDI, 2005, p. 244).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Em alguns locais esse conhecimento ainda é uma experiência vivenciada
por mestres ou grupos que desenvolvem essas práticas; entretanto, na maior
parte do país é possível verificar o desconhecimento de tais atividades, haja
vista que estas já estão em desuso há vários anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Se de um lado o saber-fazer das técnicas da construção tradicional se
encontra ameaçado pelo caráter atual da construção civil e pela perda das
referências culturais causadas pela homogeneização provocada pela indústria
cultural; por outro lado há uma tendência à revalorização deste saber.
CASTRIOTA (2010) nos diz que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">Ao
se tratar dessas técnicas tradicionais não podemos perder de vista que, num
mundo em rápido processo de globalização e homogeneização cultural, elas se
encontram crescentemente ameaçadas por um processo de rápido desaparecimento.
Se esta vai ser a tendência dominante, pode ser detectada, no entanto, uma
contra-tendência no que diz respeito às técnicas tradicionais: o reconhecimento
da necessidade de se preservar o patrimônio edificado bem como a crescente preocupação
ecológica têm levado à sua revalorização. (CASTRIOTA, 2010, p.24)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Dessa forma, o papel dos mestres artífices no campo da restauração de
imóveis é de fundamental importância para a manutenção do saber-fazer ligado à
prática desse profissional. O mercado produzido pela preservação do patrimônio
edificado é um dos caminhos para fomentar a formação de novos mestres e, assim,
garantir que o conhecimento das técnicas tradicionais seja transmitido para as
novas gerações.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-indent: 2.0cm;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;">
<b>REFERÊNCIAS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
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Disponível em: <http://issuu.com/alexisazevedo/docs/caderno_memoria_mg>.
Acesso em: 27 Ago. 2011.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
BARONE, Rosa E. M.. <i>Canteiro-Escola</i>: trabalho e educação na
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
BRANDI, Cesare. <i>Teoria da Restauração</i>. Cotia: Ateliê,
2004. 262 p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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CANCLINI, Nestor G. <i>Diferentes, Desiguais e Desconectados</i>:
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1997. 385p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
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Disponível em: <http://issuu.com/alexisazevedo/docs/caderno_memoria_mg>.
Acesso em: 27 Ago. 2011.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
COSTA, Maria Cristina C.. <i>Sociologia</i> – Introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna,
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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CUNHA, Luiz A. <i>O
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
GALVÃO, Ana M. O.; LOPES, Eliane M. T.. <i>Território Plural</i>: A pesquisa em
história da educação. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2010. 112p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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HALBWACHS, Maurice. <i>A
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
HARDMAN, Foot; LEONARDI, Victor. <i>História da Industria e do Trabalho no
Brasil</i>: das origens aos anos 20. 2ª Ed. São Paulo: Editora Ática, 1991. 336
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO
NACIONAL (IPHAN/BRASIL). CURY, Isabelle (org.). <i>Cartas patrimoniais</i>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. 408p.
(Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
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de Investigação em Ciências Sociais</i>. 5ª Ed. Lisboa: Gradiva, 2008. 284p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
WITTORSKI,
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<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<!--[if !supportFootnotes]-->
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri;">É importante ressaltar
que o termo <i>ofício</i> no Brasil adquiriu
conotações diferentes, dadas de acordo com o contexto no qual eram tratadas. De
acordo com Luiz Antônio Cunha: “<i>O termo
ofício era empregado em três sentidos. No sentido mais estrito, o ofício era o
conjunto das práticas definidoras de uma profissão (o ofício de carpintaria de
casa, por exemplo). Em sentido um pouco mais amplo, ofício designava o conjunto
de praticantes de uma mesma profissão (todos os carpinteiros de casa, por
exemplo). Em sentido ainda mais amplo, finalmente, o termo ofício era sinônimo
de corporação, abrangendo mais de um ofício-profissão (os carpinteiros de casa
estavam na mesma corporação dos pedreiros, dos canteiros, dos ladrilheiros e
dos violeiros)”</i>. (CUNHA, 2000a, p. 42). Nesta pesquisa trataremos do termo <i>ofício</i> conforme a primeira definição
apresentada, como um conjunto de práticas contidas em uma determinada profissão
e capaz de conferir-lhe atributos característicos. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ver OLIVEIRA, Ana G.; NAVES,
Maíra F. <i>Projeto Mestres Artífices</i>:
Documentação dos saberes e ofícios tradicionais aplicados à construção e à
arquitetura no Brasil. IPHAN, 2005.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=630711703900564361#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Os autores fazem referência aos
prédios das antigas Secretarias de Estado de Minas Gerais, situadas na Praça da
Liberdade em Belo Horizonte, que passaram por recente restauração.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-56215619274762690412012-01-05T20:08:00.000-02:002012-01-05T20:08:02.308-02:001º Texto de 2012<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>A DESTINAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL FRENTE À GLOBALIZAÇÃO E OUTRAS
QUESTÕES ATUAIS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
O patrimônio
cultural pode ser considerado como o conjunto de bens, materiais ou
vivenciados, escolhidos entre os elementos que compõem as referências
históricas e culturais de uma sociedade, com intenção de permitir a construção
da memória e da identidade dessa coletividade. Nesta concepção, o patrimônio
está ligado às raízes e a vivência de um grupo social e permite o
desenvolvimento a identificação deste grupo com seus símbolos e experiências.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Em
contraste com esta conceituação, o modo de vida da sociedade ocidental contemporânea,
baseado no consumismo e em relações estabelecidas a partir de um mundo
globalizado, tem colocado em cheque valores que permitiam diferenciar os carácteres
de singularidade existente em cada local. Esta situação conduz à redução das
diferenças culturais e tendem a causar uma uniformização dos costumes, em função
deste “encurtamento das distâncias” permitido pela globalização. Tal fato traz
como consequência a perda de pertencimento sociocultural local e interfere na
forma dos indivíduos fruírem seus referenciais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Os referenciais
culturais são os vínculos que dão sustentação a peculiaridade de uma
determinada sociedade. Quando estes laços sofrem interferências, as relações
sociais deixam de ser regidas pelos valores que as acompanharam em todo o
processo de formação da identidade daquele grupo e assumem novos referenciais. É
necessário considerar que a transformação está no cerne dos caminhos
identitários assumidos por um grupo, entretanto, as variações provocadas pela
globalização têm causado mudanças drásticas, até então jamais experimentadas
por qualquer sociedade. A difusão de uma cultural global, caracterizada por uma
uniformização dos costumes, tem como resultado direto a perda do sentimento de
pertencimento social. MELO (2008) discorre acerca dessa assertiva:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">“[...] A perda do sentimento de pertencimento social
vai gerar, na contemporaneidade, um individualismo que se caracteriza por um
esgotamento do presente, cuja atitude limita-se a fruir incessantemente cada
novidade como chances únicas, pois logo serão substituídas por outras
novidades. Voltado à consumação do presente, o homem individualista de nossa
época se afasta cada vez mais do passado que lhe garantiam um percurso
histórico coerente; e de outro, tornam-se para ele incertas as suas
possibilidades de futuro, de maneira que ele passa a viver com um constante
sentimento de não-retorno, levando sua vida como consumidor final de si mesmo e
de suas chances.” (MELO, 2008, p.138)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Nesse
sentido, o tema Patrimônio Cultural tem sido recorrentemente discutido nas
últimas décadas como o antídoto para o sentimento de perda das referências
culturais. A patrimonialização de diversos bens, sejam eles materiais ou
vivenciados, viria a asseverar a preservação da memória coletiva e, assim, <i>garantir um percurso histórico coerente</i>
de acordo com o pensamento do autor citado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Entretanto,
esse recurso adotado contra o enfraquecimento das raízes da memória coletiva deve
possuir uma fundamentação adequada, para que não seja produzido um referencial
artificializado e não condizente com a trajetória da sociedade que o contém. Assim,
a preservação dos bens culturais ao mesmo tempo assume uma dúplice condição<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/3%C2%BA%20-%204%C2%BA%20MODULOS/ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA/REGIS%20E%20MARTINS%20-%20ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
uma que assegura a manutenção da identidade do grupo e outra que pode causar a
formação de identidades artificializadas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
A primeira condição indicada corrobora com a
necessidade de se manterem laços entre um presente altamente mutável e o
passado, servindo como âncora para amparar a falta de referenciais atuais e
aquiescer significado ao futuro. O efeito museal, consequente desse processo,
coincide com uma luta cotidiana contra o esquecimento, consentida na percepção
e proteção de qualquer traço existente das civilizações passadas, sejam eles
materiais ou correspondentes a práticas culturais ancestrais. Para tanto, são
necessários definir indicadores deste tempo passado, a fim de proteger a
sociedade contemporânea de sua inconstância de valores socioculturais e
referenciais homogeneizados. Paul Ricceur (2007) aborda tal questão em sua obra
<i>A Memória, a História, o Esquecimento</i>:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">“[...] Trata-se de fato de indicadores que visam
proteger contra o esquecimento. Distribuem-se dos dois lados da linha divisória
entre a interioridade e a exterioridade; encontramo-los uma primeira vez na
vertente da recordação, quer sob a forma fixa da associação mais ou menos
mecânica da recordação de uma coisa por outra que lhe foi associada na
aprendizagem, quer como uma das etapas <i>vivas</i>
do trabalho de recordação; encontramo-los uma segunda vez como pontos de apoio
exteriores para a recordação: fotos, cartões postais, agendas, recibos,
lembretes (o famoso nó no lenço!). É dessa forma que esses sinais indicadores
advertem contra o esquecimento no futuro: ao lembrar aquilo que deverá ser
feito, eles previnem que se esqueça de fazê-lo [...].” (RICCEUR, 2007, p.55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
A
seleção de bens culturais consequente da patrimonialização, razão da
preocupação apresentada na segunda condição da preservação do patrimônio, pode
conduzir a formação de uma memória intencional, a mercê das intenções do grupo
detentor do poder. Apesar da validez do método baseado na musealização, vemos
na atualidade a fragilidade das bases que suportam tal processo, uma vez que, a
falta de sustentação das identidades culturais, diante da homogeneização
sociocultural provocada pelos efeitos da globalização, tende a desfazer
gradualmente a diversidade entre os povos. O diferente passa então a
representar o exótico, nem sempre bem quisto no mercado global de consumo
cultural, o que permitiria uma artificialização do patrimônio local em função
do interesse em reduzir as particularidades impróprias aos consumidores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Segundo
Stuart Hall (2006)<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/3%C2%BA%20-%204%C2%BA%20MODULOS/ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA/REGIS%20E%20MARTINS%20-%20ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> <i>foi a difusão do consumismo global, seja
como realidade, seja como sonho, que contribuiu para esse efeito de “supermercado
cultural</i>” visto na fruição do patrimônio cultural. Ainda, este autor considera
que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">“[...] <i>Os fluxos
culturais</i>, entre as nações, e o consumismo global criam possibilidades de
‘identidades partilhadas’ – como ‘consumidores’ para os mesmos bens, ‘clientes’
para os mesmos serviços, ‘públicos’ para as mesmas mensagens e imagens – entre
pessoas que estão bastante distantes uma das outras no espaço e no tempo. À
medida em que culturas nacionais tornam-se mais expostas a influências
externas, é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que
elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração
cultural. [...]” (HALL, 2006, p.74)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Outra
questão refere-se à escolha daquilo que será preservado. A opção pela
preservação do patrimônio deve concernir à comunidade que detém o bem cultural,
pois garante a proteção diária e irrestrita a este. Até pouco tempo, as
políticas patrimoniais organizadas pelo setor público, baseada no trabalho de
especialistas, eram inexoráveis, impondo a preservação através do ato de
tombamento e de registro. Estas medidas na maioria dos casos geraram
interpretações negativas da ação estatal, uma vez que não havia uma aproximação
entre governo e comunidade no intuito de estabelecer um canal para o debate.
REZENDE (2007) refere-se ao deslocamento entre as ações realizadas por
especialistas e os grupos identitários na noção tradicional de Patrimônio:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">As noções tradicionais de Patrimônio ancoravam-se na
ideia da descoberta (ou resgate) de uma memória e uma identidade nacional a ser
preservada; atividade possível apenas através da intervenção de especialistas.
Esta noção de descoberta ou resgate estava intimamente ligada à ideia de
imutabilidade da memória e, portanto, da identidade, o que garantiria a
permanência e universalidade dos bens culturais, objeto da ação
patrimonialista. Hoje está claro, para variadas áreas de conhecimento, que
tanto a memória como a identidade são frutos de processos de construção, que
não ocorrem apenas nas esferas autorizadas, mas são realizados continuamente
pelos mais variados por grupos (e mesmo pelos indivíduos), em permanente
transformação. (REZENDE, 2007, p. n/d)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
A
partir da problemática posta pode-se constituir uma acepção para interpretação do
patrimônio cultural, no sentido de avaliar “para que e para quem” preservar e
“de quem” é esse patrimônio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Em
primeiro lugar, pode-se considerar a preservação do patrimônio cultural como
parte de um processo de reconhecimento de identidades que tem sido afetado pela
globalização e pelo advento de um mercado de consumo massificado da cultura. Portanto,
contrariamente a esse intuito, o patrimônio não pode ser visto somente como
mercadoria. Sua função não pode ser estabelecida a partir do potencial de
comercialização, mas concebida e difundida como fator de consolidação dos
referenciais de memória coletiva, capaz de intermediar processos identitários
em um grupo social. Esse papel de intermediação atende a necessidade de agregar
valor aos símbolos e experiências que diferenciam uma determinada sociedade e,
inegavelmente, permitem a perpetuação de valores comuns, crenças, hábitos e relações
sociais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
A
adoção direta da patrimonialização como antídoto a perda de identidade e de
referenciais socioculturais não produz efeito se constituída de modo arbitrário.
O reconhecimento deve estar introjetado no grupo que contém o bem cultural a
ser preservado, a fim de não reduzir a preservação a uma obrigação de Estado. A
proteção assentida no seio da sociedade mantenedora dá ao objeto condições de
perpetuação e garante uma função a este, enquanto elemento apropriado pelos
indivíduos e agregado de valor cultural.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
Por
último, ressalta-se que o patrimônio cultural deve servir a uma sociedade,
qualquer que seja, no sentido de ser servo da memória coletiva e do processo
identitários desta; mas, também, ser útil ao desenvolvimento local. Não cabe incentivar
a negação da exploração do potencial socioeconômico de um bem cultural em prol somente
da preservação da singularidade de cada grupo, pois isto seria negar a
transformação contida na evolução da própria cultura humana. Porém, antes
disso, é preciso significar as ações, os elementos e os conceitos por trás da preservação
do patrimônio, para que os métodos adotados não sejam esvaziados de validade e
fiquem à mercê do consumismo provocado pela cultura massificada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
HALL, Stuart. <b>A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. </b>Rio
de Janeiro: DP&A Editora, 2006. 102 p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
REZENDE, Darcilene Sena. <i>Patrimônio documental e construção da
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<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
RICCEUR, Paul. <b>A Memória, a História, o Esquecimento. </b>Campinas: Editora da
Unicamp, 2007. 535 p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<!--[if !supportFootnotes]-->
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/3%C2%BA%20-%204%C2%BA%20MODULOS/ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA/REGIS%20E%20MARTINS%20-%20ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> As
condições de manutenção e formação de identidade têm como fio condutor o mesmo
processo, a musealização dos espaços e das coisas.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/3%C2%BA%20-%204%C2%BA%20MODULOS/ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA/REGIS%20E%20MARTINS%20-%20ANTROPOLOGIA%20BRASILEIRA.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
In: HALL, Stuart. <i>A Identidade Cultural
na Pós-Modernidade</i>.<b> </b>Rio de
Janeiro: DP&A Editora, 2006, p.75.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-32948845601675202762011-02-28T10:41:00.001-03:002011-02-28T10:41:17.748-03:00Twitter<a href="http://twitter.com/#!/regisemartins">http://twitter.com/#!/regisemartins</a><br />
Meu endereço no twitter.Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-39878981910616865912011-01-28T10:05:00.000-02:002011-01-28T10:05:48.344-02:00Imóveis Inseridos em Núcleos Urbanos Tombados<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0cm;"> Possuir um imóvel em núcleos urbanos tombados implica em uma série de restrições ao uso deste. A Constituição Brasileira assegura o direito de propriedade ao cidadão, porém, esse direito não lhe é absoluto, garantindo que a função social do imóvel sobressai sobre o uso pleno que o proprietário dispõe.</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-indent: 2.0cm;"><o:p></o:p></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Deste modo o usufruto do imóvel, tombado ou no entorno de monumentos, bem como sua conservação obrigam ao proprietário a se adequar a legislação, impondo sobre este o dever de utilizá-lo dentro dos limites estabelecidos pela lei, de modo a privilegiar a função social da propriedade instituída pela Constituição. Assim, a sobreposição do direito da coletividade sobre o privado foi um dos dispositivos utilizados para a preservação dos bens edificados de valor histórico e artístico.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;">O Decreto-Lei 25/37, por exemplo, regulamenta a proteção do bem tombado e impõe sobre os imóveis do entorno os seguintes efeitos, dispostos no artigo 18º deste:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">“sem prévia autorização do Serviço de Patrimônio Histórico Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade nem nela colocar anúncio ou cartazes, sob pena de ser mandado destruir a obra ou retirado o objeto, impondo-se neste caso a multa de 50 % do valor do mesmo objeto.”<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn1" name="_ednref1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[i]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Ao mesmo tempo, as restrições não podem retirar dos espaços que concentram testemunhos da cultura da cidade a sua vitalidade e funcionalidade. Este assunto é tratado na Carta de Petrópolis de 1987<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn2" name="_ednref2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[ii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> e recomenda que devam ser mantidas a residência ou atividades tradicionais que sempre abrigaram. A intenção desta carta era integrar o bem de valor histórico a cidade, de modo que o espaço urbano mantivesse suas características através do planejamento territorial. Ainda, a recomendação considerou essencial a predominância do valor social da propriedade sobre sua condição de mercadoria.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A Carta de Veneza de 1964 nos artigos 5º e 6º trata da preservação dos imóveis de interesse cultural onde:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">Art. 5º A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil a sociedade; tal destinação é, portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar a disposição ou decoração dos edifícios. É somente dentro destes limites impostos que se devem conceber e se podem autorizar as modificações exigidas pela evolução dos usos e costumes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">Art. 6 º A conservação de um monumento implica a preservação de uma ambiência em sua escala. Enquanto sua ambiência subsistir, será conservada, e toda construção nova, toda destruição e toda modificação que possam alterar as relações de volumes e de cores serão proibidas.<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn3" name="_ednref3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 2cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Esta recomendação define que a utilização do bem edificado é útil e necessária para a sua conservação. Entretanto, o uso do edifício é regulamentado em função da preservação e do usufruto pela coletividade, restringindo as alterações às mínimas exigidas pela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“evolução dos usos e costumes”</i>.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A regulação da preservação dos sítios históricos recai sobre o poder público dentro das suas esferas de atuação. A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Carta Magna</i> garante ao cidadão o direito sobre sua propriedade, mas estabelece restrições quanto ao exercício pleno deste direito. Dentro desse arcabouço de leis reguladoras, cabe ao município gerir a ocupação do solo urbano através de planos diretores e/ou por meio de leis de caráter urbanístico. De acordo com as regras estabelecidas, o uso da propriedade deve adequar-se: à zona em que se situa, ao coeficiente de aproveitamento, à taxa de ocupação, aos recuos, ao gabarito e a circulação. Segundo FRANCISCO (2001):<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">Com efeito, a partir do momento que a propriedade sobre o bem imóvel urbano é entendida como um instrumento para a obtenção do pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e para a garantia do bem-estar dos seus habitantes, a possibilidade, ou não, de edificar em um terreno, bem como a forma com que isso se fará, deixa de ser um exercício da vontade do proprietário para ser fruto de uma decisão política, tomada pela sociedade, que se encontra consubstanciada no plano diretor, que é aprovado por uma lei. (...) O direito de construir, portanto, passa a repousar sobre a lei que aprova o plano diretor, é decorrência deste fundamento, não mais do arbítrio do proprietário (...).<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn4" name="_ednref4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iv]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-left: 2cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Outra vez chama a atenção que o direito do cidadão usufruir sobre sua propriedade está condicionado a outros fatores alheios a sua vontade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O artigo 28 da Carta de Nairóbi de 1976 ressalta que deve ser tomado um cuidado especial na regulação e no controle das novas construções, para assegurar que sua arquitetura se enquadre harmoniosamente dentro da ambiência do sítio em que estas se incluírem. Deste mesmo artigo cita-se:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 10pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">(...) uma análise do contexto urbano deveria preceder qualquer construção nova, não só para definir o caráter geral do conjunto, como para analisar suas dominantes: harmonia das alturas, cores, materiais e formas, elementos constitutivos do agenciamento das fachadas e dos telhados, relações de volumes construídos e dos espaços, assim como suas proporções médias e implantação dos edifícios. Uma atenção especial deveria ser prestada à dimensão dos lotes, pois qualquer modificação poderia resultar em um efeito de massa, prejudicial à harmonia do conjunto.<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn5" name="_ednref5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[v]</span></span><!--[endif]--></span></span></a></span><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Esta recomendação aprofunda a importância da relação da inserção do elemento novo no conjunto preservado, que sua introdução deve resultar de estudos para delimitar seus impactos naquele contexto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A Carta de Burra de 1980<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn6" name="_ednref6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[vi]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, nos artigos 6º, 7º e 8º, reforça as recomendações sobre os efeitos da inserção de novos elementos ou de adaptações nos imóveis de valor histórico e artístico. Destaca que as opções a serem feitas na conservação do bem deverão ser definidas previamente com base na compreensão de sua significação cultural e de sua condição material. Determinando que as opções assim efetuadas definam as futuras destinações consideradas compatíveis com o bem, o que implica: primeiramente na ausência de modificações ou naquelas que possibilitem reversão, ou ainda, modificações cujo impacto sejam o menor possível. É ressaltada a necessidade de manutenção de um entorno visual apropriado no plano das formas, da escala, das cores, das texturas, dos materiais, etc. Não permitindo a introdução de elementos que prejudiquem a fruição daquele bem.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A Carta de Nara de 1994 relaciona autenticidade e contexto, presumindo a conexão destes dois termos:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-left: 4cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">Conservação da autenticidade dos conjuntos urbanos com um valor patrimonial pressupõe a manutenção do seu conteúdo sociocultural, melhorando a qualidade de vida dos seus habitantes. É imprescindível o equilíbrio entre o edifício e seu entorno, tanto na paisagem urbana quanto rural. Sua ruptura seria um atentado contra a autenticidade. Para isso, é necessário criar normas especiais que assegurem a manutenção do entorno primitivo, quando for possível, ou que gerem relações harmoniosas de massa, textura e cor.<a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_edn7" name="_ednref7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[vii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a></span><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A importância de preservar a ambiência do bem tombado reflete na sua autenticidade, de modo a garantir a aquele que frui este bem a relação sincera entre seu valor histórico e artístico e o meio que o circunda. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A conservação do meio no qual se insere um bem e as medidas que recaem sobre este entorno refletem no usufruto do proprietário sobre seu imóvel. Tal imóvel fica restrito a grandes transformações, toda e qualquer alteração será regulada e contida dentro das leis de proteção. O desconhecimento da legislação é, às vezes, um dos maiores atentados aos bens tombados, implicando em prejuízo por parte do proprietário ou do contexto no qual está inserido o monumento, quando não houver fiscalização e controle nas intervenções.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br />
</div><div style="mso-element: endnote-list;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><!--[if !supportEndnotes]--> <hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" /> <!--[endif]--> <div id="edn1" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref1" name="_edn1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[i]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del0025.htm<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn2" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref2" name="_edn2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[ii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Carta de Petrópolis, 1987. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. (Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn3" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref3" name="_edn3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Carta de Veneza, 1964. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. (Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn4" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref4" name="_edn4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iv]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>FRANCISCO, C. A. – Citação extraída de GASPARINI, A. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tombamento e Direito de Construir</b>. Belo Horizonte: Fórum, 2005. 112p.<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn5" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref5" name="_edn5" style="mso-endnote-id: edn5;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[v]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Carta de Nairóbi, 1976. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. (Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn6" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref6" name="_edn6" style="mso-endnote-id: edn6;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[vi]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Carta de Burra, 1980. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. (Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div><div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div></div><div id="edn7" style="mso-element: endnote;"> <div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/regis%20martins/Documents/Tec.%20Conserva%C3%A7%C3%A3o%20e%20Restauro/4%C2%BA%20PERIODO/TEORIA%20DA%20RESTAURA%C3%87%C3%83O%20II/analise%20da%20teoria%20-%20revisada%20blog%2028-01-2011.docx#_ednref7" name="_edn7" style="mso-endnote-id: edn7;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[vii]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Carta de Nara, 1994. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. (Edições do patrimônio).<o:p></o:p></div></div></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-22972524834991523752010-12-07T09:42:00.001-02:002010-12-07T21:08:22.079-02:00Breve Abordagem sobre a Preservação dos Bens Culturais Edificados<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A preservação dos bens culturais edificados é uma ação desenvolvida no Brasil, sob chancela do Estado, desde 1937 com a promulgação do Decreto-Lei 25, que instituiu a criação do IPHAN. No entanto, apesar de ser uma prática já consolidada no cenário nacional, as intervenções voltadas para o restauro de edificações até hoje carecem de mão-de-obra especializada para realizá-las. A falta de qualificação profissional, específica para a restauração, atinge toda a cadeia produtiva da construção civil, uma vez que as técnicas construtivas empregadas nos edifícios antigos estão em desuso em boa parte do país e o ensino dessas não faz parte do conteúdo disciplinar dos cursos de graduação ou de capacitação voltados para o setor. O desconhecimento das características da construção e dos materiais utilizados tem colocado em risco a conservação dos imóveis antigos, porquanto a restauração configura-se como um processo metodológico específico e multidisciplinar, que pauta-se em diversos fatores teórico-conceituais para definir a ação interventiva a ser executada. </span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No Brasil, poucas empresas do setor construtivo destinam suas ações somente para o restauro de edifícios. A grande maioria define a atuação no campo da restauração como uma atividade complementar, sem a exigência de manter um quadro profissional especializado para tal função. A falta de uma política sólida de investimentos na preservação e o alto custo da mão-de-obra capacitada para a função são normalmente os maiores empecilhos para a consolidação do restauro como um setor promissor na construção civil, apesar do grande acervo de bens arquitetônicos em todo o país.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mesmo com todos os debates e ações voltadas à cultura que atualmente repercutem na preservação do patrimônio edificado, o restauro arquitetônico ainda sofre com a falta de investimentos e de interesse, tanto por parte dos agentes políticos quanto da população em geral. Tal situação interfere diretamente na formação de profissionais capacitados para atuar na área, uma vez que não há continuidade nas medidas criadas para atender a demanda de bens que precisam ser restaurados. </span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outro fator importante, para a falta de sustentabilidade neste campo da construção civil, é a falta de incentivos que atraia o setor privado a investir no restauro arquitetônico. As somas vultosas que geralmente recaem sobre as intervenções de restauração desmotivam os investidores do segundo setor, os quais normalmente fomentam o mercado cultural através das leis de incentivo, sem, no entanto, garantir uma sequência de recursos para que ações continuadas se estabeleçam a longo e médio prazo.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Condicionados por estes e outros fatores, a grande maioria das empresas que atuam na construção civil não está adaptada às necessidades de uma obra de restauro. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A singularidade de cada processo interventivo impede a elaboração de planejamentos baseados em modelos aplicados às obras comuns. A dificuldade de estabelecer um controle de tempo e de elaborar de uma planilha de custo de forma confiável, as características construtivas da edificação antiga, o arquétipo artesanal de cada elemento da construção, além de outras premissas, inviabilizam a adoção dos conceitos convencionais, exigindo grande conhecimento dos profissionais envolvidos na restauração. </span></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-61545710719048790302010-12-02T16:48:00.000-02:002010-12-02T16:48:17.591-02:00Novas PublicaçõesEm breve disponibilizarei mais textos no blog.Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-51939446952898910082010-10-25T17:51:00.001-02:002010-10-25T17:52:22.039-02:00Publicação no site Observatório da Política<div style="text-align: justify;">Escrevi um artigo como colaborador para um site chamado Observatório da Política. No texto intulado "Um outro olhar sobre Ouro Preto" abordo algumas questões sobre a forma como se deu o crescimento urbano da cidade, dando sequência a um trabalho que apresentei na Semana de Ciência e Tecnologia 2008 do IFMG-OP.</div><div style="text-align: justify;">Acessem:</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.observatoriodapolitica.org.br/detalhes_publicacao.aspx?tipo_ancora=ancora_leia&cod=87#ancora_leia" target="_blank"><span style="color: #0068cf;">http://www.observatoriodapolitica.org.br/detalhes_publicacao.aspx?tipo_ancora=ancora_leia&cod=87#ancora_leia</span></a></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-10195426956305343422010-10-21T11:30:00.001-02:002010-10-21T11:35:39.577-02:00Novo Texto<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center; text-indent: 1cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A Formação Profissional do Restaurador</span></b></div><div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">Régis Eduardo Martins<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span></span></span></a></span></div><div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">A especialização profissional é um dos quesitos principais para o êxito de uma restauração. Por caracterizar-se como uma intervenção direta sobre o bem cultural, o restauro deve ser considerado a última das ações a serem realizadas, sendo sempre precedidas por medidas de preservação ou conservação que não impliquem em interferências propriamente ditas sobre a matéria que constitui o objeto. Somente depois de constatadas a impossibilidade de tais medidas garantirem a proteção do imóvel deve-se realizar a restauração, definindo-a segundo os princípios apresentados por KUHL (2005)<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_edn1" name="_ednref1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[i]</span></sup></span></sup></a>:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">- Distinguibilidade</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">: pois a restauração (que é vinculada às ciências históricas) não propõe o tempo como reversível e não pode induzir o observador ao engano de confundir a intervenção ou eventuais acréscimos com o que existia anteriormente, além de dever documentar a si própria.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">- Reversibilidade</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">: pois a restauração não deve impedir, tem, antes, de facilitar qualquer intervenção futura; portanto, não pode alterar a obra em sua substância, devendo-se inserir com propriedade e de modo respeitoso em relação ao preexistente.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">- Mínima intervenção</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">: pois a restauração não pode desnaturar o documento histórico nem a obra como imagem figurada.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">Os princípios da distinguibilidade, da reversibilidade e da mínima intervenção visam garantir que o restauro seja realizado segundo um processo metodológico, desenvolvido com intuito de permitir a transmissão do bem cultural às futuras gerações sem suprimir ou alterar as marcas do tempo sobre o mesmo. </span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">De acordo com BRANDI (2004)<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_edn2" name="_ednref2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[ii]</span></sup></span></sup></a>, o restauro é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">"o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão ao futuro".</i> Assim, as intervenções realizadas devem ser identificáveis como uma marca distinta da época que a produziu, sem que se reduza a restauração a uma mera recomposição estética ou que se produza um falso histórico a partir dela. </span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">A elaboração e a execução de um projeto de restauração para edifícios é um processo de bastante complexidade que envolve fatores exógenos ao bem cultural em si. Não basta apenas um diagnóstico preciso do estado de conservação do imóvel, mas antes de tudo, qualquer ação é definida a partir de um estudo particular de cada caso, onde a intervenção que será estipulada é analisada em referência às diversas implicações relacionadas com todo o contexto cultural, histórico e espacial que o cerca. </span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">Cada etapa que envolve um projeto de restauro analisa a constituição do bem segundo sua historicidade; suas características arquitetônicas, originais ou acrescentadas; sua inserção no meio urbano ou rural; os materiais utilizados; além de outros pontos importantes, sob os quais irão definirem-se as medidas de conservação e restauração a serem realizadas. Tais questões são descritas na Carta de Restauro de 1972<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_edn3" name="_ednref3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iii]</span></sup></span></sup></a> concebida na Itália, discorrendo-se da seguinte forma:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">A realização do projeto para a restauração de uma obra arquitetônica deverá ser precedida de um exaustivo estudo sobre o monumento, elaborado de diversos pontos de vista (que estabeleçam a análise de sua posição no contexto territorial ou no tecido urbano, dos aspectos tipológicos, das elevações e qualidades formais, dos sistemas e caracteres construtivos, etc), relativos à obra original, assim como aos eventuais acréscimos ou modificações. Parte integrante desse estudo serão pesquisas bibliográficas, iconográficas e arquivísticas, etc., para obter todos os dados históricos possíveis. O projeto se baseará em uma completa observação gráfica e fotográfica, interpretada também sob o aspecto metrológico, dos traçados reguladores e dos sistemas proporcionais e compreenderá um cuidadoso estudo específico para a verificação das condições de estabilidade. (CURY, 2004, p. 157)</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">Não menos criteriosa é a ação da obra de restauro em si, tratado na mesma Carta com os dizeres a seguir:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">A execução dos trabalhos pertinentes à restauração dos monumentos, que quase sempre consiste em operações delicadíssimas e sempre de grande responsabilidade, deverá ser confiada a empresas especializadas e, quando possível, executada sob orçamento e não sob empreitada. (CURY, 2004, p. 157)</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">O conhecimento e a familiaridade com as características construtivas e arquitetônicas da edificação são pontos fundamentais para o profissional da restauração. A falta de formação adequada redunda em intervenções equivocadas que, geralmente, implicam em consideráveis perdas na autenticidade<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></sup></span></sup></a> do bem cultural. Diante da complexidade que envolve tais ações, assim trata o Compromisso de Brasília de 1970<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_edn4" name="_ednref4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iv]</span></sup></span></sup></a>:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: auto auto auto 3cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt;">O problema da recuperação e restauração de monumentos [...] é extremamente complexo [...] porque depende de técnicos qualificados, cuja a formação é demorada e difícil, pois requer, além de tirocínio de obras e de familiaridade com os processos construtivos antigos, sensibilidade artística, conhecimentos históricos, acuidade investigadora, capacidade de organização, iniciativa e comando e, ainda, finalmente desprendimento. (CURY, 2004, p. 141)</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">Durante o séc. XX, motivados pelas diversas conferências realizadas em prol da preservação do patrimônio cultural, o restauro foi amplamente discutido na Europa, definindo-se metodologias e critérios específicos para a realização das intervenções. A especialização dos profissionais da área foi deliberada como um dos principais quesitos para o êxito na proteção dos monumentos e conjuntos urbanos.</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';">No Brasil, as ações voltadas para a especialização profissional na preservação do patrimônio edificado delinearam-se efetivamente após os anos 70, quando surgiram os primeiros cursos regulares nessa área. No entanto, a formação de restauradores de bens imóveis em nível superior se dá em sua grande maioria através de pós-graduações, como as existentes no Cecre<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></sup></span></sup></a> na Bahia, no Ceci<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[4]</span></sup></span></sup></a> em Pernambuco, no Cecor<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[5]</span></sup></span></sup></a> em Minas Gerais e em linhas de mestrado oferecidas por universidades. Somente em 2007 foi criada a primeira graduação específica para o restauro arquitetônico, através do curso de Tecnologia em Conservação e Restauro ofertado pelo IFMG<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[6]</span></sup></span></sup></a>. Para a capacitação de mestres de ofícios, como são conhecidos os profissionais que executam as intervenções, existe cursos como os disponibilizados em diversas oficinas escolas de artes e ofícios existentes no país.</span></div><div class="MsoNormalCxSpLast" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;">Referências Bibliográficas </span></b></div><div style="mso-element: footnote-list;"><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" /><div id="ftn1" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> Pós-Graduando em Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural pela UFMG. Tecnólogo em Conservação e Restauro pelo Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Ouro Preto.</span></span></div></div><div id="ftn2" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> “Os edifícios e lugares são objetos materiais, portadores de uma mensagem ou de um argumento cuja validade, no quadro de um contexto social e cultural determinado e de sua compreensão e aceitação pela comunidade, os converte em um patrimônio. Poderíamos dizer, com base neste princípio, que nos encontramos diante de um bem autêntico quando há correspondência entre o objeto e seu significado.” (CURY, 2004, p.325-326)</span></span></div></div><div id="ftn3" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> Curso de Especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos/UFBA.</span></span></div></div><div id="ftn4" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> Centro de Conservação Integrada.</span></span></div></div><div id="ftn5" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> Centro de Conservação/Restauração de Bens Culturais/UFMG.</span></span></div></div><div id="ftn6" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ftnref6" name="_ftn6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: x-small;"> Instituto Federal de Minas Gerais.</span></span></div></div></div><div style="mso-element: endnote-list;"><br />
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<div id="edn1" style="mso-element: endnote;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ednref1" name="_edn1" style="mso-endnote-id: edn1;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[i]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; mso-bidi-font-family: Arial;"> KUHL, Beatriz Mugayar. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;">História e Ética na Conservação e na Restauração de Monumentos Históricos</span></b><i>. </i>Revista CPC, 2005, v. 1, n. 1. Disponível em </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; mso-bidi-font-family: Arial;">http://www.usp.br/cpc/v1/php/wf07_revista_interna.php?id_revista=2&id–conteudo=6&tipo=5> Acesso em 01/10/2010.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;"><br />
</div></div><div id="edn2" style="mso-element: endnote;"><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ednref2" name="_edn2" style="mso-endnote-id: edn2;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[ii]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"> BRANDI, Cesare. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Teoria da Restauração</b>. Cotia: Ateliê, 2004, p. 30.</span></div><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></div><div id="edn3" style="mso-element: endnote;"><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ednref3" name="_edn3" style="mso-endnote-id: edn3;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iii]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Carta de Restauro, 1972</i>. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. p. 147-169. (Edições do patrimônio).</span></div><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></div><div id="edn4" style="mso-element: endnote;"><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=630711703900564361#_ednref4" name="_edn4" style="mso-endnote-id: edn4;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[iv]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Compromisso de Brasília, 1970</i>. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. p. 137-141. (Edições do patrimônio).</span></div><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;">Carta de Brasília, 1995</span></i><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt;">. In: CURY, Isabelle. INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL (BRASIL). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cartas patrimoniais</b>. 3.ed., rev. e aum. Brasília: IPHAN, 2004. p. 323-328. (Edições do patrimônio).</span></div></div><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" /></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-78692660708209733102010-10-13T09:05:00.001-03:002010-10-13T09:06:11.524-03:00Diagnóstico do Chafariz de São José - Ouro Preto/MG.<div style="text-align: justify;">Este caderno contém a segunda etapa do projeto de restauração do Chafariz de São José em Ouro Preto/MG, elaborado na disciplina "Projeto de Restauração IV" ministrada no IFMG-OP pelos professores Maria Cristina Rocha Simão e Alexandre Mascarenhas. O mesmo apresenta o <a href="http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2553698">diagnóstico</a> do estado de conservação e o mapeamento de danos do bem cultural estudado.</div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-83639486098408670622010-10-06T09:35:00.000-03:002010-10-06T09:35:21.883-03:00Texto: Arquitetura Colonial x Arquitetura BarrocaEste primeiro artigo, intitulado "<a href="http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2540533">Arquitetura Colonial x Arquitetura Barroca</a>" aborda alguns aspectos sobre a arquitetura difundida em Minas Gerais durante o séc. XVIII. De maneira breve, faz-se uma diferenciação entre o que é considerado Barroco e as manifestações da arquitetura civil.Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-44731076477168469622010-09-30T10:30:00.003-03:002010-09-30T10:40:47.629-03:00Tecnologia em Conservação e Restauro<div style="text-align: justify;">O curso de <a href="http://www.cefetop.edu.br/cursos/cursos/cursos-de-graduacao-e-pos-graduacao/cursos-superiores/tecnologia-em-conservacao-e-restauro">Tecnologia em Conservação e Restauro</a> <span style="color: black;">do Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Ouro Preto</span> é a primeira graduação específica em restauração de imóveis no país. Com uma formação ampla, que abrangem conhecimentos em arquitetura, engenharia civil, história da arte, teoria da restauração, regulação urbana, legislação de proteção patrimonial e além de outros importantes para a atuação do restaurador, os profissionais oriundos do curso têm uma preparação sólida para atuarem na proteção do patrimônio cultural edificado.</div><div style="text-align: justify;">A metodologia de trabalho deste profissional é pautada na grande responsabilidade que envolve o processo de uma restauração, baseada no conhecimento da edificação, na avaliação precisa no diagnóstico do estado de conservação do imóvel, em uma proposta de intervenção detalhada onde consideram-se as avaliações do bem e também o conteúdo conceitual que envolve o restauro.</div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-66788768077939308602010-09-24T18:10:00.002-03:002010-09-30T10:08:34.329-03:00Monografia sobre arquitetura vernacular<div style="text-align: justify;">As habitações vernaculares do período colonial brasileiro são um exemplo riquíssimo das culturas que se mesclaram na América Portuguesa. Na maioria das vezes, esta arquitetura é desvalorizada pela falta de monumentalidade do conjunto ou por preconceito em relação a sua origem popular. Entretanto, repletos de conceitos ancestrais, estes bens culturais estes imóveis são um exemplo vivo da história desse país e que dizem muito mais do povo brasileiro do que normalmente se atribiu.<br />
Quem tiver interesse no assunto acesse o link:</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2485225">http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2485225</a></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-630711703900564361.post-48727500114865633322010-09-24T17:46:00.000-03:002010-09-24T17:46:24.979-03:00Conceitos:<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre a ação de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conservação</b> têm-se as seguintes significações:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo a Carta de Burra (1980) – “O termo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">conservação</i> designará os cuidados a serem dispensados a um bem para preservar-lhe as características que apresentarem uma significação cultural. De acordo com as circunstâncias, a conservação <i style="mso-bidi-font-style: normal;">implicará ou não a preservação ou a restauração</i>, além da manutenção; ela poderá, igualmente, compreender obras mínimas de reconstrução ou adaptação que atendam às necessidades e exigências práticas.”</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como complemento, apropria-se, também, da definição contida na Recomendação Europa de 1995 – “Conservação [:] a aplicação dinâmica das medidas apropriadas, do ponto de vista legal, econômico e operacional, para preservar determinados espólios da destruição ou deterioração e salvaguardar seu futuro.”</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ação de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">restauração</b> abrange as subsequentes asseverações:</span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Carta de Burra (1980) – “a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">restauração</i> será o restabelecimento da substância de um bem em um estado anterior conhecido.” </span><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Carta de Veneza (1964) aprofunda mais a descrição do termo e assim se define no artigo 9º dessa – “A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a hipótese; no plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo.”</span></span></div>Régis E. Martinshttp://www.blogger.com/profile/16789522411255608742noreply@blogger.com0